segunda-feira, 6 de junho de 2011

Sinal da Cruz e Persignação

Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Pai, Filho e Espírito Santo

A liturgia usa muito a linguagem dos sinais, dos gestos e das posições. O primeiro sinal o mais importante e o mais conhecido é o Sinal da Cruz. Já no catecismo da Primeira Comunhão aprendemos que o Sinal da Cruz é o sinal do Cristão, lembre-se? Sinal este que hoje, muitas vezes, passa despercebido seu verdadeiro significado.

O Sinal da Cruz é riquíssimo em significado. Por ele expressamos e anunciamos três verdades ou dogmas fundamentais da nossa religião: o Dogma da Santíssima Trindade, da Encarnação e da Morte de Jesus Cristo. Quando você diz: “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”, você está proclamando o Mistério da Santíssima Trindade. Quando você leva à testa as pontas do dedo da mão direita aberta, dizendo: “Em nome do Pai” e desce com a mão na vertical e toca na altura do estômago continuando: “do Filho”, você está indicando o mistério da Encarnação: o Filho de Deus desceu ao ceio da virgem Maria. Depois, levando a mão direita para o ombro esquerdo dizendo: “e do Espírito” você completa a cruz tocando o ombro direito dizendo: “Santo”, você está indicando a morte de Jesus na Cruz.

Jesus morreu numa cruz e a cruz é formada por uma haste vertical e uma haste horizontal, não é? O sinal da cruz de muita gente parece mais um espanador ou coisa que o valha. O indivíduo dá uma “espanada”, umas “voltinhas” com a mão direita na frente do peito, depois de ter dado uma apontada com o indicador para cima. Mais do que um sinal é uma falta de respeito com o que nos lembra nossa Salvação. Cristo não morreu pregado num espanador, mas numa cruz. E não precisa dar o “tapinha na boca” nem beijar os dedos.

Pela Cruz veio a Salvação
Persignação
Nós cristãos temos este belo costume de persignar-se, ato ou efeito de benzer-se, fazendo três cruzes com o dedo polegar da mão direita, uma na testa outra na boca e outra no peito. Existe uma piedosa explicação que nos diz que a cruz na testa é para Deus nos livrar dos maus pensamentos; na boca, para nos livrar das más palavras; e, no peito, para nos livrar das más ações. Mas existe um sentindo Litúrgico mais abrangente e expressivo para o verdadeiro cristão autêntico na fé e na boa nova do Evangelho: A cruz na testa lembra que o Evangelho deve ser entendido, estudado, conhecido; a cruz nos lábios lembra que o evangelho deve ser proclamado, anunciado (missão de todo cristão); e a cruz no peito, à altura do coração, nos indica que o evangelho, acima de tudo, deve ser vivido, pregado e testemunhado por todos os que acreditam que Cristo ressuscitou. Também o cristão que for fazer a proclamação e leitura da Boa Nova, deve fazer a cruz na leitura do Evangelho a ser lido, indicando com isso que cada palavra pronunciada seja um despertar para cada cristão ser luz e sal para o mundo.

O momento em que geralmente fazemos o persignar-se é na liturgia da palavra, quando nos preparamos para ouvir a Palavra de Deus. Devemos com isso também estarmos de pé, indicando com essa posição, que estamos prontos para seguir, dispostos a marchar com Jesus para onde Ele nos levar.

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